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Arruda Woman

Nos primórdios dos blogs fiz um que se chamava - Mulher Arrudense. Decidi aproveitar essa ideia antiga e fazê-la renascer agora num formato mais actualizado. Arruda Woman é agora uma mulher diferente.

Nos primórdios dos blogs fiz um que se chamava - Mulher Arrudense. Decidi aproveitar essa ideia antiga e fazê-la renascer agora num formato mais actualizado. Arruda Woman é agora uma mulher diferente.

Arruda Woman

25
Dez20

Feliz Natal!

Cristina

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Olá,

este ano o Natal pode ter sido diferente ...

mas também pode ter sido mais calmo ...

com menos stress ...

Um Natal para aprendermos a ser felizes com quem temos ali mesmo " à mão de semear". Muitas vezes a pessoa que foi escolhida por nós e os nossos filhos que mais uma vez foram uma opção nossa. 

E se cada um se empenhar um bocadinho tudo fica mais agradável - Team Work.

Olhar para o lado positivo, tem que ser cada vez mais um objetivo de vida!

(Eu sei que é muito difícil, difícil mesmo)

Feliz Dia de Natal!

Bjs

 

04
Dez20

Desafio Arruda Woman - Bernardo Narciso

Cristina

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Olá,

hoje no desafio do AW vamos conhecer uma pessoa que, sinceramente, conheço há muito pouco tempo. Mas que, desde logo, me despertou a curiosidade, por ser alguém que está à vontade e tem sempre a mesma forma de agir independentemente do ambiente em que se encontra ou com quem está.  Parece algo simples, mas por vezes de forma automática adaptamos o nosso comportamento ao meio em que nos encontramos. Ser transparente, sincero e por vezes diferente pode tornar-se uma tarefa hercúlea, ainda mais no momento que vivenciamos

É um prazer quando convido alguém para o Desafio AW e essa pessoa fica entusiasmada com a ideia, foi o que aconteceu com o Bernardo.

Ora espreitem o que nos contou e inspirem-se com as suas ideias e pensamentos.

(Aviso do Bernardo - Aqui seguem as respostas, estão algo longas, mas olha...foi a força do entusiasmo.) 

AW- Qual a sua idade mental?

BN- Os meus amigos, a brincar comigo, costumam dizer que tenho 80. Eu gostaria de me manter nos 18. A verdade é que desde cedo me habituei a ser um jovem responsável, aliás sempre gostei de ter responsabilidades e de falar de coisas que mais nenhum outro jovem da minha idade gostava de falar, como era o caso da política, que me fascina desde os 11 anos de idade. Mas também assim o era na escola, os meus pais raramente precisavam de se deslocar ao Externato para tratar fosse do que fosse, pois eu sempre gostei de ter a preocupação de tratar das coisas relacionadas com a escola, e fui sempre assim, muito devido a educação e preparação que os meus pais me deram para a vida. Mas olhando para hoje, estou crente que não ultrapasso os 30 anos!

AW- Qual a sua freguesia? O que mais gosta em Arruda e qual o seu recanto favorito??

BN- Arranhó para sempre, aqui nasci, aqui cresci, aqui tenho muitos dos meus amigos próximos e das pessoas que influenciaram o meu crescimento. A Dona Maria da igreja, a Olinda do café central, a Dra. Amélia da Farmácia, a Fátima da Junta de Freguesia, a Dona Albertina, o “ti” Manel da Eira, o Sr. Teixeira…enfim, pessoas que marcaram toda a minha vivência. Olhando para Arruda dos Vinhos, meu município, aquilo que mais gosto é o “mix arrudense”, ou seja, a possibilidade de respirar o ar puro deste vale e ao mesmo tempo estar perto da cidade, condições que dificilmente encontramos noutro local. Arruda é um local com “cantos e recantos” únicos, podemos até dizer que é difícil escolher, mas diria que o meu preferido é a Casa do Ferreiro, uma pequena “taberna” à saída da vila, este espaço reflecte o meu fascínio pela história que representa e pelos convívios que lá vou passando, e toda a zona antiga da nossa vila, com os seus becos e ruelas, acaba por nos transportar para um mundo que já não existe. E por vezes, parece ser mesmo necessário regressar ao passado para tranquilizar o presente.

AW- Continua a estudar, qual o seu curso e o que o levou a escolher?

BN- Continuo a estudar, apesar de trabalhar ao mesmo tempo. Como alguns saberão eu optei por estudar Direito, o que não foi uma escolha consensual na minha vida. Apenas me decidi no secundário, até lá pretendia estudar Ciência Política, mas a voz da minha (madrinha) consciência levou-me noutro caminho, para já a utilidade prática do curso que tirei, porque tudo na nossa vida funciona em torno da lei, apesar de nem nos apercebermos, por outro lado, percebi que um dia gostava de poder contribuir para a construção do sistema legislativo do meu país, e para algumas reformas que ele precisa, e nesse quadro entendi que só estando por dentro poderia conseguir compreender o que estava em causa. Não me arrependi, pois Direito é um curso verdadeiramente desafiante.

AW- O que mudava no curto prazo em Arruda?

BN- Esta questão não é fácil, pois a nossa terra precisa de reformas profundas que não se fazem em poucos dias. Mas procurando responder de forma direta, o que eu mudava rapidamente era o “modo de pensar Arruda”, isto porque Arruda precisa de ser pensada para futuro. Terra com um enorme potencial, que está em crescimento, e sinceramente não vejo uma gestão municipal capaz de acompanhar com ambição esse crescimento, que não pensa infraestruturas ou serviços, que não pensa maneiras de fixar os mais jovens na sua terra natal, porque não lhes dá empregos qualificados, que não pensa uma vila urbanisticamente atrativa, como podemos ver por diversas obras ultimamente concretizadas. Por tudo isto, e muito mais, mudar o “modo de pensar Arruda” é essencial, e repara que se mudarmos o “pensar”, posteriormente o “concretizar” já será muito mais fácil.

AW- Quais os seus hobby’s?

BN- Não sou uma pessoa com hobby`s fora do normal. Gosto imenso de ler, principalmente romances históricos e por isso destaco Isabel Stilwell. Mas gosto de outros géneros, particularmente autores portugueses, como José Rodrigues dos Santos e Miguel Sousa Tavares, além-fronteiras não poderia esquecer Jorge Amado e Gabriel García Márquez. Gosto muito de música clássica, ainda antes do COVID gostava imenso de assistir aos concertos de música clássica da Fundação Gulbenkian, e não nego também o meu fascínio pelas grandes séries da Netflix e HBO.

AW- A política é importante porque?

BN- Na sua despedida enquanto Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves disse o seguinte: “A política é o amor ao mundo. A política é lugar onde, clamorosamente, jogamos a nossa existência.”. A política é importante precisamente por isto, pelo serviço que devemos prestar aos outros, e foi este pensamento que sempre norteou a minha vida, ainda curta, nos corredores da política. É certo que as pessoas olham os políticos com desconfiança, e a verdade é que tem razão, porque a maioria dos políticos não serve o propósito nobre da causa pública, mas eu entendi que podia ajudar a minha comunidade e contribuir para a melhoria de vida das pessoas a minha volta, bem como de todos no geral, se me dedicasse de coração à nobreza da causa pública, porque apesar da minha curta vida política, a verdade é que os políticos não são todos iguais, e tal como na sociedade, existem os bons e maus.

AW- Ser amigo para si é?

BN- Verdadeiro e frontal, foi sempre isso que esperei dos meus amigos, e que acima de tudo, pratico com os meus amigos. Não somos melhores ou piores por dizermos coisas bonitas aos amigos, mas porque lhes apontamos as qualidades e os defeitos, os incentivamos ou travamos, sempre com verdade e com a frontalidade, na sua conta, peso e medida.

AW- Qual a sua bebida e comida favorita? Em Arruda algum restaurante de eleição?

BN- A bebida é fácil, eu sou um apaixonado pelo Vinho do Porto, especialmente da Casa Ferreira, que está intimamente ligada a Antónia Adelaide Ferreira, talvez a principal produtora de Vinho do Porto do Século XIX. Mas sou também um franco apreciador de vinho tinto alentejano, e não poderia deixar de fazer uma referência à nossa terra, com vinhos de excelência, em particular os vinhos da Quinta de São Sebastião. Quanto à comida, nesse campeonato a minha veia alentejana ganha a corrida, pois a comida do Alentejo está no topo. O meu pai é alentejano e veio para Arruda com 7 anos, ainda assim mantemos uma pequena propriedade de família na terra natal, em Pavia, perto de Évora, e posso dizer que as alturas do ano em que lá vamos são as mais felizes porque já sei que são os dias onde vou comer melhor, portanto, os dias mais propícios para a “engorda”. Em Arruda eu escolheria três restaurantes: a Adega Barros, na freguesia de Arranhó, que serve um bacalhau assado na brasa de excelência, o Saloio e a sua picanha inesquecível, e por fim, o Fuso pela tradição e pela costeleta.

AW- Imagine que amanhã acordava e era primeiro-ministro, tendo em conta a conjuntura actual o que faria?

BN- A pergunta mais difícil de responder, ser primeiro-ministro neste momento não é fácil para ninguém, ainda assim, o estado atual do país não pode atrasar as reformas que Portugal precisa. A que aqui destacarei, e que enquanto primeiro-ministro implementaria, e que seria a reforma do Estado Social, pois não consigo concordar que o Estado Social continue a vigorar nestes moldes. Portugal apresenta um ordenado mínimo nacional de 635€, ora um país que apresenta este valor de ordenado mínimo é um país de miséria, pois está naturalmente a incentivar à miséria, porque as pessoas não tem condições para sobreviver com estes valores mensais. Como isto se corrige? Por exemplo, com uma reforma da Segurança Social. É impensável, que um país como o nosso continue a ter um sistema de pensões e reformas extremamente atrasado, pois todos já percebemos que não assegura o futuro dos atuais trabalhadores, ora devíamos assim apostar em modelos muito mais sustentáveis, como os que se praticam na Dinamarca e na Suécia, que assentam a sua base no mérito laboral, ou seja, se fores uma pessoa produtiva no teu trabalho, então podes trabalhar até aos 80 anos, pelo contrário, se a avaliação de produtividade for negativa, o Estado reforma-te aos 40, com todas as penalizações. Este sistema é simples, garante a sustentabilidade das reformas e ao mesmo tempo assegura postos de trabalho a pessoas produtivas e qualificadas. Como podes ver, entusiasmo não me falta.

AW- Qual a sua música favorita?

BN- Não tenho realmente uma música preferida, porque gosto de várias, mas num tom irónico, penso que o “The Best” da Tina Turner me assenta bem.

AW-  A frase da sua vida é?

BN- “Não conheço ninguém que tenha chegado ao topo sem muito trabalho. Essa é a receita”. Esta frase foi dita por Margaret Thatcher, primeira-ministra britânica e uma estadista pela qual tenho muito respeito e admiração, numa entrevista dada à televisão, pouco tempo depois do atentado à sua vida em Brighton. Resume um pouco do espírito que pauta o meu percurso de vida, nunca gostei muito de contar com a sorte, e isso faz com que tenha de trabalhar muito para atingir os meus objetivos, e é verdade, eu nunca conheci ninguém que tenha chegado longe sem muito trabalho.

Numa altura em que a vida política está tão conturbada, mas ainda assim tem tanta importância na vida de todos, é de louvar quem se dedica de verdade e com gosto a tal actividade, sem pensar exclusivamente no beneficio próprio.

Bjs

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