Olá!

Hoje vou falar de coisas materiais ... hummm pensando bem, se calhar também vou falar de vidas de pessoas, por trás de todo e qualquer bem material estão vidas de muitas pessoas, mas vou deixar a parte filosófica para outro dia. A idade já é alguma e não há tempo a perder.

Todos os anos por esta altura recebo uma mensagem da minha irmã: - O que é que precisas? ao inicio ainda respondia escolhe tu, mas vendo o seu descontentamento comecei a ser um pouco mais precisa e a pensar pelo menos numa marca - este ano foi a Benamor.

Mas do que vos quero falar é de uma patologia em relação aos presentes.

A primeira vitima foi a minha mãe - coitadinha ela com tanto trabalho a escolher e eu não gostava de nada, lembro-me de uma camisola canelada, deve ter sido um drama tal que ainda a recordo.

A segunda vitima foi o meu marido, coitadinho, não sei como ainda estamos casados por causa dos presentes, ele a aguardar uma grande emoção (problema das expectativas), e a emoção não aparecia, e lá se tinha que ir trocar o objecto. Pensam que estou a brincar? Aniversários e Natais estragados. Até que arranjou uma estratégia ou sabe tudo até ao ínfimo pormenor, ou vou eu comprar ou vamos comprar os dois ( o que também nem sempre corre bem, detesto comprar por obrigação e data marcada). 

A terceira vitima é o meu filho Tiago, coitadito, no último dia da mãe foi um desespero, mas pelo menos neste caso não tenho culpa de ser pequena, mas ficou bastante irado.

Este constrangimento com os presentes só acontece, porque tenho pouco jeito para teatro, ou gosto ou quando não gosto nota-se, e isso é aborrecido, porque a sinceridade tem um preço demasiado elevado.  Sei que tudo custa muito dinheiro nem que custe 1€ e se não vou usar é dinheiro desperdiçado.

Eu por mim não me importo que troquem os presentes que dou fico muito mais aborrecida se ficarem com algo só para me agradar.

E até no dia dos meus anos tenho que comprar presente, felizmente a minha mãe não é esquisita como eu, ou se calhar é mas eu sou muito boa a comprar presentes ... 

Bjs

Olá,

Portugal parece um país bastante estranho:

- os valores dos bens e serviços não se coadunam com os valores dos salários

- mesmo que esteja desagradado com a organização política, se organizarem uma festa está tudo esquecido

-  Identificar o que está mal, parece mal

- Portugal tem capacidade para apoiar os outros, mas não os portugueses

- para um português ter valor, tem que sair de Portugal

- quem ganha e trabalha menos é beneficiado em detrimento de quem ganha / trabalha mais (não confundir com não ajudar quem precisa, significa não penalizar quem mais se esforça)

... e a lista podia continuar.

Mas não vale a pena, porque está sol e como diz a música mais vale assobiar para o lado e imaginar que vivemos num país encantado que um dia vai ganhar qualidade de vida por artes mágicas.

Qual a festa que se segue? ... Os santos populares, não é?

Bjs

Olá,

assim de repente parece que não têm nada a ver estas duas profissões, certo?

Bem, alguns são médicos e professores mas tirando isso será que têm algo em comum?

Imagine que ia ao médico e ele/a dizia - Tem a doença x.

E de seguida - silêncio!

O que é que você dizia de seguida? - E qual é o tratamento?

E se a resposta fosse - .......... (silêncio)

Às vezes sinto-me assim com os professores:

O menino fala muito, o menino tem de estudar mais, o menino ... whatever ..

E de seguida - .......... (silêncio)

Ok, eu sou excelente a identificar problemas, somos todos não somos?

Será que o mundo avançou muito com pessoas a identificar problemas? O mundo avança, porque alguns encontram soluções.

E eu sou uma apaixonada por pessoas que encontram soluções sejam médicos, professores, senhores das obras, mecânicos, mães e pais ... eu estou em busca de uma solução, para já está a correr bem, haja tempo e disponibilidade e chegamos lá.

Será que a solução é tempo e disponibilidade?

Bjs

Olá,

andava às compras e de repente ouvi um chamamento silencioso vindo da zona dos livros ...

pensei não vou, não vou ... tenho de resistir à tentação ...

e lá estava este (mais um) a piscar-me o olho - a capa é linda, só o titulo já me deixou a pensar ...

Li a primeira página, não se deve avaliar um livro pela capa, mas pela primeira página, isso já é outro assunto. Um autor pode ganhar ou perder um leitor na primeira página, comigo funciona assim.

Não sei descrever este livro é super simples e ao mesmo tempo super complexo, talvez por me ter feito pensar no mais básico, no que está ao dispor todos os dias de forma despercebida, mas também no complexo e nas adversidades que há que enfrentar diariamente e como o fazer.

Vidas fáceis não existem, embora talvez seja mais simples pensar que sim, de forma a compreender as nossas agruras e as tornar mais leves.

Frases para guardar e relembrar são mais que muitas, o livro está todo dobrado não por maus tratos, mas sim por ter tanto que não quero esquecer.

Algumas:

- Os adultos levam a vida demasiado a sério

- Os adultos levam o tempo demasiado a sério

- Para contarmos todos da mesma maneira, mais vale não contarmos nada

- Tenho tantas ideias de coisas para fazer, que às vezes não sei por onde começar

- É divertido ver o lado menos perfeito das pessoas, aquele que tentam esconder a toda a hora

- Tudo existe para nos divertir, só temos de encontrar o lado engraçado no que acontece

- ACHO QUE TODAS AS GUERRAS SÃO POR HAVER MENINOS CARENTES COM PODER

- Escondem a ignorância como se fosse embaraçosa, quando a ignorância é onde começa o sábio

- Pechimperé

- Amarketing 

- Há tantos analfabetos emocionais

- Possibilidades de cura - vontade própria, teimosia e casmurrice

- Se continuarmos a ser pessimistas, um dia vamos estar certos, certo?

- Se há óculos de sol, porque não há óculos de lua?

Dava para continuar são 389 páginas maravilhosas, que conseguia ter lido em 2 dias se a vida fosse um livro, demorei uma semana, claro abandonei tantos outros, mas foi um abandono temporário.

Livros já li muitos, mas ter uma mensagem do autor todas as manhãs no FB nos últimos dias a perguntar se já tinha terminado, foi inédito.

... sim é possível nunca nos sentirmos sozinhos ... querem descobrir? Simples, é só ler este fantástico livro ...

Bjs